UMA MANEIRA MAIS ELEVADA DE EXPRESSAR A VERDADE

 

EXISTE ALGUM FUNDAMENTO BÍBLICO OU HISTÓRICO QUE DÊ BASE

PARA QUE SURJA MAIS BOAS NOVAS, MAIS VERDADES?

 

E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos; Atos 2:17

 

E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis. Apocalipse 10:10-11

De acordo com o entendimento da Teologia da Unificação: Até o século IV, o Novo Testamento não tinha adquirido sua forma definitiva. O próprio Jesus não fez com seus discípulos uma Nova Aliança escrita, a fim de completar a Antiga Aliança. De acordo com os estudiosos, nenhum de nossos livros do Novo Testamento foi escrito por um discípulo original de Jesus. Isto significa que durante um considerável período de tempo, os primeiros cristãos não possuíam nenhuma literatura sagrada , a não ser as Escrituras hebraicas (W.G. Kummael, Introduction to the New Testament (1975) pp. 475-503) / W. Marxsen, The New Testament as the Church's Book (1972).  Parece que eles se valeram da revelação judaica escrita, no sentido de provar que Jesus era o Messias. Quanto à instrução direita de Deus, fiavam,-se nas orações grupais, e nas inspirações de "profetas" cristãos. Sobre esses, temos muito pouca informação.

 

No primeiro século A. D., alguns rabinos defendiam que a Torá mosaica seria substituída, quando do florescimento da era messiânica. O Evangelho de Mateus portanto, revela que Jesus Cristo trouxe uma nova Torá, em substituição à antiga. Os ensinamentos de Jesus estão dispostos em cinco grandes seções, comparáveis aos cinco livros de Moisés. A chave para se interpretar Jesus, segundo Mateus é: "Ouvistes o que foi dito aos antigos...porém, vos digo...(5:21-22). Para esse autor, Jesus era o segundo Moisés, Portanto, o sermão da Montanha de Jesus foi realizado em contraposição à revelação de Moisés no monte Sinai. 

 

No entanto, no cânone do Novo Testamento, diz-se claramente que Jesus não veio com a revelação final e completa. No quarto Evangelho, registra-se as seguintes palavras de Jesus: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.Um pouco, e não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis; porquanto vou para o PaiJoão 16:12-16.  

Esses versículos fundamentam a crença na possibilidade de prosseguimento da revelação. O quarto Evangelho afirma categoricamente que após o ministério terreno de Jesus, deveria esperar-se mais verdade de Deus. Já que os discípulos originais estavam despreparados para receber a comleta revelação de Deus, os cristãos devem aguardar que toda a verdade seja dada pelo Espírito Santo, posteriormente. Além disso, saliente-se o fato de que a revelação irá realmente intensificar a glória de Jesus, porquanto virá com seu assentimento. 

Esses versículos de João não significa que não haja diferença entre a mensagem original de Jesus e a nova revelação. Em si mesmo, o quarto Evangelho se diferencia dos sinópticos. Seu autor omite ensinamentos importantes de Jesus ( no sermão da montanha, no Pai Nosso, ou sobre o reino de Deus, por exemplo). O texto acrescenta muitos dizeres novos e reformula radicalmente a mensagem de Jesus...

Examinemaos agora um texto que é frequentemente utilizado para provar que o Novo Testamento representa a revelação final de Deus. O último capítulo de nossa Bíblia contém esta nota: "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro, que se alguém lhe acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão descrita neste livro" (Apoc.22:18). Isto implica que a revelação se completou, e que Deus amaldiçoará a qualquer que tente uma revelação completa.

 

Para uma correta compreensão deste versículo, devemos reconhecer que o Novo Testamento é uma compilação de vinte e sete livros separados, escrito em épocas diferentes, e que circulavam em pergaminhos individuais ou livretos. O Apocalípse é um desses livros estanques. Segundo a maioria dos estudiosos ele foi escrito por volta de 95 A.D. por um desconhecido "profeta" cristão, cujo nome era João. O autor não era o apóstolo João, nem quem escreveu o Quarto Evangelho. Como um visionário, esse antigo cristão não queria que ninguém interferisse em suas profecias relativas ao Fim dos Tempo. Tanto para os judeus como para os cristãos, era pratica comum revisar e atualizar a literatura apocalípica. O livro do Apocalípse levou tempo para ser aceito como escritura , antes do término do cânone no século IV. Entretanto, ao ser finalmente aprovado, tornou-se o último livro, de modo que as Escrituras Cristãs começariam com a história da criação, e seriam encerradas com a promessa da consumação da história. Inúmeros outros livros do Novo Testamento foram escritos depois do Apocalípse (I e II Pedro, Hebreus, I e II Timóteo, Tito, possivelmente II Tessalonicenses, Efésios, o Evangelho e Epístola de João. ). Assim os primeiros cristãos não acreditavam que o Apocalípse 22:18-19 se referisse senão àquele livro. Não há motivo para pensarmos o contrário. 

 

Embora os católicos romanos afirmem que fora da igreja não há salvação, e os protestantes sustentem que a Bíblia contém a revelação final, sempre houve cristãos que valorizaram a promessa da nova verdade procedente de Deus, como ensina o Evangelho de João. 

 

Nossa conclusão portanto é que, afirmamos que a humanidade está nos últimos tempos e urge a necessidade de um maneira mais elevada de explicar a verdade (uma nova verdade) que possa elevar a humanidade a um entendimento maior quanto nosso relacionamento com Deus quanto a compreensão do Ideal de Deus. Essa verdade que eleva a humanidade nos últimos tempos somente pode acontecer pela direção e inspiração de do próprio Deus. Estamos vivendo nos últimos dias escrito em Atos 2:17.